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Desde que chegamos aqui, plantar nosso próprio alimento esteve no topo da lista de “prioridades”. Não só porque temos espaço de sobra pra isso, não só porque é um “hábito” de quem mora na roça, não só porque queremos diminuir nossa lista do supermercado e nossos custos ao final do mês. Mas porque queremos e precisamos nos alimentar bem, porque entendemos que o que vem do quintal de casa é imensamente mais colorido, gostoso e saudável do que aquilo que se encontra numa prateleira, porque é uma delícia plantar e ver a dupla natureza+tempo transformar aquela semente minúscula numa cenoura cheia de vida, porque a saúde dos nossos filhos merece o respeito e o cuidado de uma alimentação rica e completa, porque a gente cansou de ser “cúmplice” das empresas que dominam o mundo de forma tão suja e desleal (porque é isso que fazemos quando compramos algumas marcas).

Mas plantar de acordo com a agricultura tradicional não condiz com nossa vida verde aqui na Chapada. Se viemos, queremos, nos propusemos e somos, então que façamos direito e bem feito! O uso de agrotóxicos e qualquer tipo de fertilizante químico não faz parte da nossa rotina, optamos mesmo pelo plantio e consumo de alimentos orgânicos. Isso é lindo e música para os ouvidos de muita gente, mas é também um caminhão de dificuldades que se carrega nas costas, árremaria! Confesso que há um tempo atrás quase desistimos e chutamos o pau da nossa barraquinha natureba, mas a gente é osso duro de roer, balança mas não cai, enverga mas não quebra. A coisa é meio que aquela história do capetinha pendurado na orelha esquerda e o anjinho na direita, um te jogando na cara os problemas e outro te soprando os benefícios. Mas a gente gosta mesmo é de ouvir o coração e ele sempre fala (grita) mais alto por aqui. Então atrasamos todo o nosso plano de plantio para poder seguir nossa caminhada livre dos químicos, eca!

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Aqui na região as famílias plantam de tudo um pouco. Os que produzem em grande escala usam agrotóxico, os menores só fertilizantes químicos, outros só pulverizam contra pragas, mas todo mundo tem um dedo, uma mão ou um braço no “veneno”. Mas isso é quase uma “tradição”, as formas de cuidar da terra vão passando de geração em geração e hoje é bem difícil quebrar essa corrente para mostrar algo diferente. Apesar de não acharmos o mais legal, respeitamos e vamos, como quem não quer nada, mostrando uma nova possibilidade aqui e outra ali. O que não se pode é fechar os olhos para esse tempo todo de mão na terra que eles têm, são todos meio que pequenos tutoriais ambulantes e eu uma metralhadora de perguntas atrás deles. Eles também respeitam nossa opção pelo orgânico, nos alertam sobre as dificuldades e são super curiosos com as novidades que trazemos da internet.

Mas o que eu queria dizer mesmo nesse tagarelar sem fim, é que pra plantar de acordo com os conceitos da permacultura, sem nenhuma interferência de produtos químicos, com todo o cuidado e respeito que a terra precisa é coisa pra macho, meu bem! A gente tem sofrido na pele (olha o drama!) as dificuldades dessa escolha e tem aprendido cada dia mais com todas elas. Na prática, o que torna tudo um pouco mais trabalhoso são coisas do tipo: temos que produzir nosso próprio adubo, isso implica em grandes e trabalhosas composteiras. É preciso adubar a terra quase de 15 em 15 dias, uma frequência diferente de quando se usa um fertilizante químico.  O combate às fédazunha das pragas que aparecem é feito com “rondas” diárias em planta por planta e com muito caldo de pimenta+alho+fumo+paciência+outras mandingas! E mais algumas coisinhas, mais alguns estudos e estudos e estudos (e eu tenho um marido que é ninja em estudar!). Isso porque a “receita” de uma produção natural existe, mas ela pode dar certo ou errado, exigir um ajuste ou outro dependendo do contexto chuva+sol+terra+vento+altitude+lua e daí vai.

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Então, depois de chorar tanta pitanga, eu te digo que ainda assim vale muito a pena! Porque essa forma de cultivo é a que te coloca mais próximo do verdadeiro ciclo da natureza. É a maneira mais completa de enxergar todo o processo com as belezas e feiuras que ele tem.  Porque a natureza é tão sábia que te exige crescer junto com cada batata plantada, te ensina a ter paciência e persistência que você leva para além da horta de casa. E esse aprendizado tem sido muito enriquecedor, tem se mostrado um caminho cada vez mais longo e nos trazido a lucidez de que estamos apenas no começo dessa estrada.

E te digo mais, não tem coisa mais gostosa nessa vida verde do que aprender a respeitar a terra e vê-la retribuindo com frutos saudáveis. Não tem dinheiro nesse mundo que pague abrir e porta da cozinha e buscar seu almoço no quintal, sentir o gosto fresco e puro dos alimentos, perceber o corpo agradecendo por este bom trato. Então, mesmo que você não tenha espaço para uma super horta em casa, tente plantar alguma coisa que mais consome e se dê o prazer de viver essa experiência linda de plantar o próprio alimento. Agora, se achar que não leva jeito mesmo pra coisa e que isso é jagatá demais pro seu estilo de vida, ao menos dê preferência aos produtores e alimentos orgânicos que circulam por aí. Sua saúde, a natureza e nós agradecemos, porque tá mais que na hora da gente aprender a cuidar mais do que somos, temos e queremos ser!

Ah! E se alguém tiver alguma experiência legal para compartilhar sobre o assunto, a gente vai adorar, estamos doidinhos para aprender mais!

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54 comentários em “O orgânico

  1. E como é feito esse seu “veneno” para as pragas? Eu fiz um com fumo e não adiantou. Esse com alho e pimenta é bom? Tem que ferver ou só bate tudo? Aplica com que frequência?
    Desculpa esse tanto de pergunta, é que to procurando algo que facilite e ajude no controle manual, pq cansa ficar catando lagartinhas todos os dias. Essa semana vou testar com chá cavalinha e urtiga. Bjs

  2. Tenho duas coisas a dizer e uma é que amo vocês, família natureba! Sou do Porto, Portugal e visitei há uns anos a Chapada. Meu coração ficou um pouco por aí.
    Segunda coisa: partilha por favor o remédio natural contra pragas, que também estamos lançando a nossa horta.

  3. Que bacana, Manu! Estou organizando meu quintal pra poder plantar algumas coisas por lá. Especialmente essas que usamos mais no dia a dia como couve, tomate e afins! Vou pesquisar sobre o cultivo de orgânicos pra ver o que é necessário e botar a mão na massa. 3 meses do meu ano já se foram e o meu projeto de horta continua só no papel! 😦

    Beijos e boa sorte!

  4. Manu, isso é muito inspirador! Sou de Indaiatuba, interior de SP e diariamente me pego pensando em como seria ter uma VIDA como a de vocês! Já li todos os posts e viajo em cada um deles!
    Sua família é linda e as crianças sentirão toda a pureza da infância, como ela deve ser!
    Sobre seu último post, tenho uma apostila pra indicar, não sei se vocês já usam, mas aí vai:

    file:///C:/Users/Micro03/Downloads/apostila-de-homeopatia-UFV.pdf.

    Eu estudo homeopatia, mas nunca li a fundo essa apostila nem tentei nenhuma indicação, mas acredito que vocês possam tentar!
    Enquanto não me mudo de casa, tento mudar dentro…. e assim, vamos juntando conhecimento, problemas e soluções, somos todos um!

    Denise.

  5. Uma dica que conheço vcs já devem conhecer, mas na minha horta ajudou muito! É plantar as espécies misturando um pouco, quanto mais ervas e plantas com cheiro forte, como coentro, calêndula, hortelã etc, mas seguro para afastar as pragas! Mas creio que vcs devem estar bem a frente disso, bjsss…boa sorte!

  6. adoro muito muito esse blog lindo de vocês 🙂 estou aqui que nem louca pesquisando permacultura e sonhando com o dia em que vou juntar essa coragem que vocês têm e largar pra trás essa cidade. um beijo, muito amor e coisas lindas pra família toda!

  7. Temos uma pequena horta em casa. E olha, difícil combater esses bichinhos. Temos investido talento no fumo de corda e pra pulgão e lagarta tem dado resultado. No entanto, nosso maior problema são as lesmas. Eta bichinho danado. Come nossa berinjela e couve com gosto. A solução? Caça noturna às lesmas quase todos os dias, rs. Já criamos até uma técnica pra caçar as bichinhas com hashi, rs.

  8. Ah, seus lindos!
    Olha, não tenho nenhuma experiência com isso, mas li/ouvi em algum lugar que pra deixar de usar fertilizantes, é bom ficar de olho em flores (sim, flores) que são “pesticidas naturais”. É que tem algumas flores que se você plantar ao lado de determinados legumes, elas acabam afastando os insetos que geralmente dão naqueles legumes/frutas. Já ouviram falar nisso??
    Muitos bjos e muita luz pra vcs!!!

  9. O alimento fica mais gostoso com tanta dificuldade, né? Já desanimei tantas vezes de plantar. As formigas são nossas maiores inimigas no Recanto, elas aparecem em todos os cantos, sem avisar e com uma rapidez impressionante! Quando a gente vê, não tem mais nada! Parabéns pelo alimento de vocês! A vida agradece!

  10. Olá! Moro numa cidade no interior de Goiás, com um quintal pequeno, mas plantamos tomate, cebolinha, coentro e mamão (que ainda não produziu frutos). Além de hortelão e boldo, que são medicinais. É lindo ver a semente virar planta, a planta dar flores e as flores virarem frutos que você vai consumir e saber que não tem um pingo de químico naquilo. Hoje fiz um molho pra macarrão usando os tomates do quintal. O sentimento de gratidão é icomensurável.

  11. SAUDADES DE VCS!
    ESTAMOS COMPRANDO UMA TERRINHA AQUI EM MINAS MESMO, PERTO DE DIAMANTINA!
    5 MIL METROS PRA SERMOS FELIZES E VIVER DA TERRA!
    A GRANA É POUCA, MAS… O PRAZER É GRANDE! MEU MARIDO TBM ESTUDA MUITO SOBRE O TIPO DE AGRICULTURA DE VCS E TENHO CERTEZA QUE, MESMO SEM FILHOS, SEREMOS MUITO FELIZES!
    VAMOS DEMORAR MAIS UNS 2 ANOS PRA CONSTRUIR A CASINHA, MAS SERÃO 5 CÔMODOS DE MUITO AMOR, FEITOS COM TODO AMOR DO MUNDO!
    SOME NÃO!
    TE ESCREVO COM MAIS DETALHES SOBRE ALGUMAS DICAS, POR E-MAIL.!
    BJOS MANU, TOMÉ, HUGO E NINA!

  12. ô de casa, como q tá tudo por aí? alguém da família tem e-mail? tem um grupo de amigos que está acompanhando o blog assiduamente e q tem pensado em produzir mais coisas através da experiência de vocês. topam conversar? beijos! podem escrever pra thadeucsantos@gmail.com 🙂

  13. Acompanho o blog desde o inicio e sempre fico sem palavras diante de seus posts.. me emocionam profundamente, porque são uma grande inspiração. Este post em especial me deu uma coceirinha para fazer um pedido.. talvez seja o inicio da prática dessa inspiração que vocês me proporcionam: Já que cutucou sobre o plantio de pequenos alimentos para consumo proprio.. nos próximos posts vc poderia ensinar algo sobre como fazer coisas simples como plantar um pezinho de manjericão, salsinha, um legume ou outro num pequeno espaço como uma pequena varanda de apto por exemplo. Dar dicas de experiencias próprias.. de links bons onde aprenderam como iniciantes.. Seria muito legal iniciar essa prática com dicas e ensinamentos vindos de vocês.

    1. Ei, Thalita! Em breve vou colocar aqui no blog um post com um monte de links legais e que tem sido muito úteis pra gente e serão pra quem quiser plantar também. Gratidão pela mensagem e pela sugestão! Beijo em vc!

  14. TEM UMA MÚSICA QUE SEMPRE ME LEMBRA VCS!

    SE DER PRA VER!
    MUITOS BJOS! OBRIGADA POR TODAS AS DICAS E INSPIRAÇÕES!

  15. Tô amando acompanhar um pouco de vocês… me inspira muito – a ser uma pessoa melhor, rever meus conceitos, a dependência do dinheiro, da vida que a sociedade tem imposto gerando tanta infelicidade.

    Obrigada por compartilhar sua vida neste cantinho. =)

  16. Oi Manu… engraçado, você não me conhece, mas parece que eu te conheço tão bem! E tenho um carinho imenso pela sua família, além de ser uma completa apaixonada pelo Tomé e suas mechinhas loirinhas.
    Tem um tempo que acompanho seu blog e sempre que vejo um post novo é uma alegria pra mim. A cada post seu parece que eu viajo. Suas palavras são tão bem escolhidas que é possível sentir esse cheiro de terra molhada e de fruta madura. Mas o mais interessante é ver como o “bem material” só nos faz infeliz. Lógico que traz muito conforto e facilidade, mas o problema é que quanto mais se tem, mais se quer. É um ciclo vicioso.
    Apesar de estar sempre na roça, afinal, sou do interior do Mato Grosso, ainda vivo uma vida de coisas compradas no supermercado, com algumas (poucas) exceções. Não tenho interesse e nem vontade de ter uma vida totalmente no campo, mas acho que as coisas são assim mesmo. Cada um é cada um, e cada qual ao seu jeito. Mas o interessante é que (vi)vendo essa sua vida eu pude repensar em algumas coisas da minha. Sabe quando a gente se sente infeliz por coisas poucas, sem parar pra pensar em tudo de bom que se tem? Quando deixamos de dar valor aos sentimentos e nos apegamos apenas ao material?
    Hoje, mais uma vez, reli seu blog inteiro (sim, sempre que eu entro e tenho tempo, leio tudinho de novo), e me ajudou muito pensar sobre uma fase dura que estou passando. Acabei de ver que estou sendo uma besta egoísta, e que eu tenho o que há de mais valioso no mundo… amor por todos os lados!
    Te agradeço por me ajudar a enxergar essas coisas simples da vida, e que fazem tanto bem ao nosso coração!
    ah! Já comecei a colocar a mão na terra… fiz minha hortinha de temperos. Como é gostoso ver aquelas sementinhas brotarem né?
    Beijo grande e um abraço beeemmm forte em vc, no Hugo, Tomé e Nina!

    1. Ah, Paula! Que delícia “ouvir” isso, sabia? É uma delícia saber que, de alguma forma, a gente passa pela vida das pessoas e deixa uma pulguinha que cutuca e faz pensar! Te desejamos toda alegria desse mundo, muitas dúvidas, muitas mudanças, muito amor, muita leveza na escolha dos caminhos, força nos pés e um mooooonte de brotinhos na horta de tempeiros e em todos os canteiros dessa vida! Um beijo e um abraço de urso em vc!

  17. Olá vim aqui compartilhar uma apostila com receitas de defensivos naturais.. espero que ajude de alguma forma http://issuu.com/organicsnet/docs/cecor_cartilha_uso_de_defensivos
    E tem essa outra sobre as práticas diárias de um sítio de permacultura chamado Sítio Maravilha no Vale do Jequitinhonha, um projeto fantástico de desenvolvimento de comunidades sustentáveis locais, nessa cartilha tem uma técnica legal de galinheiro móvel, nunca tinha ouvido falar e achei bem interessante.. Eles deixam um email pra troca de experiências. http://issuu.com/cpcdbh/docs/tecnologia.
    Em casa eu coloca cerveja e sal em uma tampinha dentro dos vasos e tem sido muito util contra percevejos.
    Beijos e sempre que puder nos conte como anda a plantação de vocês. :). Luz.

  18. Oi Manu e Família!
    Vi uma matéria em um site sobre vocês e vim dar uma bisbilhotada 🙂
    Já adicionei nos meus favoritos!
    Uau! Que mudança de vida…que incrível! Parabenizo vocês pela coragem, esperança e por esse espírito de busca! Levar as crianças para crescerem na terra, plantar, colher, cuidar….Uma atitude muito bonita, e como disse, corajosa, nos dias de hoje…mas faz bem pra alma!!!
    Infelizmente, ainda não tenho essa coragem toda hehe mas minha casa aqui em SP, não fica sem uma plantinha. Ainda bem que temos um quintal, temos pés de frutas, hortinhas, passarinhos que nos visitam…fora as mudas plantadas nas ruas pela cidade hehehe
    Espero que a história de vocês inspirem e motivem outras pessoas !!!!

    Obrigada por compartilhar com a gente!

    Beijãozão *

  19. Manu, estou simplesmente a-p-a-i-x-o-n-a-d-a pela história de vocês! Me tocou bastante justamente por causa do momento que estou passando agora. Também sou borboleta. Sinto mais do que apenas uma vontade de sair, “meter a cara”, ir embora, ser livre… É uma necessidade que pulsa dentro de mim constantemente. Infelizmente estou numa fase de uma quase que completa prisão (mais interna do que externa), liberdade limitada (essa é bem externa mesmo!), asas cortadas. Queria muito ter a força que vocês tiveram de sair e a capacidade de se manter em um lugar de luz e verdade, apesar dos “perrengues” que, comparados com os que nós passamos aqui nessa selva de pedras são bem deliciosos! Quando eu finalmente (e espero que seja o quanto antes!) me libertar de tudo o que me prende (e ter dinheiro suficiente para isso, claro) penso muito em me “danar” mundo afora. Me encher de novas culturas, pessoas, paisagens e experiências. Bom, passado o meu desabafo (desculpa aí hahaha), eu fiquei com uma certa curiosidade de saber se você não tem vontade de sair da Chapada e ir pra outros lugares, estados, países, etc, quando seus pequenos forem um pouco maiores. Espero que esteja tudo lindo pra vocês. Seu blog agora faz parte da minha listinha de favoritos, obrigada por proporcionar um sopro de leveza e inspiração que eu tanto estou precisando!

    Com amor,

    Marcella.

    1. Ei, Marcella! A gente tem vontade de viajar muito com as crianças ainda, e vamos! Mas cada coisa no seu tempo e do seu jeito, né? Ainda não temos planos futuros, a gente quer mesmo é viver o agora e ele tá bom demais aqui na Chapada! Gratidão pelo carinho da mensagem e por nos acompanhar! Mil beijos em vc e boa sorte no seu “plano de fuga”, se jogue!

  20. Ei Manu, tudo bem???
    Adorei o blog e a história de vcs. Fiquei curiosa sobre o pão que vc disse que faz em casa, tentei fazer um uma vez, mas não gostei. Vc poderia passar a sua receita??
    Aguardo e obrigada!!
    Marcelle

    1. Queridos, continuo curiosa sobre o pão caseiro!!! Se puderem me ajudar, agradeço muitíssimo!!!
      Marcelle

      1. Meu Deus quanta receita linda!!! Vou me acabar com esse blog!! Obrigada pela indicação Manu!!! Bjoss…

  21. Olá. Este blog está a ser uma referencia. Chegou além mar. A vossa veia “cigana” como dizes cativa 🙂 adorei. Tb tenho trabalhado (mais ou menos) um pedaço de terreno, mas ñ é meu. É emprestado e só dá mesmo para meia duzia de favas e batatas. nem água temos. Gostava mesmo de sair da cidade (arredores de Lisboa) e viver como vocês. Também somos 4. A melhor sorte do universo é o que vos desejo.
    Bjssss de Portugal

  22. Olá!
    Parabéns pelo blog, pela família e pelo estilo de vida! Tudo muito lindo e inspirador!
    Eu, meu marido, meu cunhado e sua noiva estamos nos preparando para mudar pra roça, assim como vocês fizeram e temos ideias muito semelhantes do que buscamos para nosso cotidiano. Meu cunhado, inclusive, está indo para Pirinópolis esse mês fazer um curso de Permacultura, vocês fizeram?
    Estou ansiosa pela mudança, não sei ao certo quando saimos da vida na cidade (aquele assunto do tópico anterior – colocando os pingos nos “Is” e arrecadando – rs), mas sei que o contato com a terra vai ser a maior busca e a maior das interrogações. Espero ter paciência, e ver que vocês estão se virando ai é mais um apaziguador de mentes..
    Enfim, boa sorte, adoro ler sobre vocês!
    Namastê 🙏

  23. que bom saber que vcs optaram por essa luta, parabéns!!! sobre a horta, vcs usam mulch no solo? deixem sempre umas ervinhas do lado de fora dos canteiros pros bichinhos comerem e tentem cerveja para combater as lesmas… vai que dá certo aí…. 🙂

  24. só tenho a agradecer a oportunidade que a internet nos dá quando por acaso caímos em um blog que nos faz repensar a vida e chega a ser um momento quase espiritual.

    eu e meu marido estamos juntos há 10 anos,desde os 20,quando algo em meu coração me fez sair de SP e me aventurar sozinha aqui pelas bandas do sul,onde o encontrei e com isso encontrei a mim mesma.
    Temos um filho de 9, e há 3 anos mudamos radicalmente de vida largando os respectivos e frustrantes empregos para viver dos dons dele como artista;
    isso hj nos possibilita trabalhar em casa e estar juntos e com nosso filho o dia todo, me rende menos grana e muito mais amor!

    O próximo passo sempre foi pensar em uma casa no mato,mas isso para aquele dia, sabe, quando conseguíssemos estabilidade no nosso trabalho, e grana para a tal segurança.

    Enfim, por acaso achei seu blog hj de manhã.
    Em um momento delicado, onde vamos receber uns troquinhos pela venda de uma moto deixada pelo meu sogro recém falecido em uma situação que foi um enorme exemplo de que o que importa é ser feliz hoje e agora,pq o amanhã é muito incerto.

    E tomamos a que acredito ser a decisão que acredito ser a mais acertada de todos os tempos, de que esse será o pontapé inicial para nosso “plano de fuga” como costumamos chamar.
    Nós já sabemos para onde queremos ir e um novo plano de vida surgiu, motivados pela sua experiência e disposição em compartilhar os prazeres e dificuldades de dar a cara a tapa e ir viver a vida que vc sabe ser a sua.

    obrigado pela coragem de vcs, que continue inspirando a muitos, e que sua família siga por caminhos iluminados sempre!

  25. Sensacional o blog, realmente inspirador. Em breve minha esposa e eu também iremos viver de verdade. Em relação ao controle de pragas imagino que deve ser bem dificil, principalmente pelo fato de ser uma plantação livre de veneno em um país onde o fertilizante químico é quase regra. Mas assim que tiverem novidades e avanços nos combates orgânicos me avisem pq dai já vou aprendendo pra quando for fazer minha plantação. 🙂 . Abs a todos.

  26. Que inspirador! Caramba esse é meu sonho desde a adolescência, tinha comigo essa vontade de viver fora do caos que é uma cidade grande, viver livre e independente da escravidão que é o capitalismo o consumo exagerado… meu sonho era ser bióloga, ajudar os animais e viver ” no mato”. Infelizmente foi tudo por outro caminho. Mas, vendo seus relatos percebe-se que não é um caminho tão difícil assim. O que se mais precisa para tomar tal decisão é a coragem. aprender a renunciar. Que escolha maravilhosa! Bons fluidos pra sua família 🙂

  27. Eu não tenho experiência com plantação, a pouquinha que tive foi com horta orgânica em mandala, lá tinha de tudo um pouquinho, alface,couve, beringela, boldo, cavalinha e muitas flores intercalando os canteiros, lá usavam flor comum de jardim mesmo, tipo amor perfeito, violeta, etc, e nunca peguei uma beringela comida, pelo jeito os bichinhos se perdiam no colorido e não iam pra “nossa comida”.

  28. ô da roça! (aaaaahh… to louquinha pra sair de Sampa e viver esse sonho de morar na roça!) por enquanto estamos vivendo do sonho aqui e juntando uma graninha mínima pra comprar uma terrinha e uma casinha! Você disse em algum dos seus lindos e deliciosos posts sobre artigos e orientações de como produzir alimentos orgânicos, como plantar… será que vc podia passar esses artigos pra essa caipira de coração mas totalmente sem formação caipira? taina_gomes@hotmail.com obrigada

    1. Ei, Taina! Com maior prazer, temos um bocado de coisas legais pra compartilhar com quem quiser! Só te peço o favor de me escrever um e-mail lembrando, pode ser? Esses dias ando meio na correria aqui e posso me esquecer. Gratidão pelo carinho e até! Beijo!

  29. Olá pessoal!!! Família linda 🙂
    Fico feliz em ver e ouvir um pouquinho dessa caminhada. Parabéns e Deus abençoe vcs mto mais!
    Sobre o plantio orgânico, existe um livro interessante chamado “A Revolução da Palha”(The one straw revolution) tem em pdf na net e vale dar uma olhada, deve ser inspirador pra vcs 🙂
    Eu logo mais, se Deus quiser irei com minha esposa pro Sul de Minas viver algo parecido! Os posts só nos dão mais vontade!!!

    1. Ei, Alexandre!
      Hugo tem esse livro no computador e usa muito pra aprender um bocado de coisas!
      Gratidão pela dica e boa sorte na sua caminhada, estamos daqui torcendo pela sua vida calma e verde!
      Abraço de urso em vc!

  30. Ainda me demoro na cidade, mas já comecei a pesquisa.

    Daí apreciar tanto as dicas deixadas nas notas e comentários.

    Achei um adubo feito de farelos e tortas, para quem não tem acesso fácil a esterco:
    http://g1.globo.com/economia/agronegocios/noticia/2014/04/pequenos-agricultores-apostam-na-producao-de-adubo-para-hortalicas.html

    E a fabricação caseira do EM (micro organismo eficiente), em PDF: http://www.google.com.br/url?sa=t&rct=j&q=&esrc=s&frm=1&source=web&cd=3&cad=rja&uact=8&ved=0CDUQFjAC&url=http%3A%2F%2Fwww.pesagro.rj.gov.br%2Fdownloads%2Friorural%2F40_Bokashi_Adubo_organico_fermentado.pdf&ei=8PRXU_e MGdTI2wWX2IC4Ag&usg=AFQjCNFk9Q0jnObuXGpmhnC7-IHI1iXpXA&bvm=bv.65177938,d.cWc

    Aliás, o saite da Pesagro Rio tem um montão de material.
    Vários são orgânicos, ou fáceis de adaptar. Outros nem tanto:
    http://www.pesagro.rj.gov.br/
    seção Publicações Disponíveis

    E nesses saites portugueses abaixo, achei o calendário agrícola.
    Cuidados com animais, hortaliças, pomares e jardim. Tá tudo lá.

    Não é nenhum bicho cabeça inverter os meses para o hemisfério sul.
    Tio Google ajuda.

    Tenho mantido em vasos amoras, nêsperas, feijão, vagem, pimentões (que é mais fácil que Maria sem Vergonha), abacaxi, abacate (mais ornamentais, tadinhos), etc… tudo seguindo o calendário português invertido.

    Das amoras já fiz até mudas, que pretendo plantar numa praça aqui perto.

    http://www.prof2000.pt/users/secjeste/Agricola/

    http://folclore-online.com/calendario_agricola/fev.html

    http://santanamadeirabiosfera.com/pt/2012-04-08-23-24-26/economia/madeira-agricola/curiosidades

    ( para as diferenças entre as línguas, tem esse dicionário: http://www.priberam.pt/DLPO/Default.aspx )

    E em tempos de racionamento de água por aqui, pretendo experimentar o tal gotejamento solar:

    Quem sabe eu tomo logo uma dose de Guimarães Rosa e monto algo mais ou menos assim:

    Ou assim:

    Masanobu Fukuoka – A Revolução de Uma Palha: Uma Introdução à Agricultura Selvagem – ptpt
    http://www.4shared.com/office/FJwo7up6/A_Revoluo_de_Uma_Palha_-_Uma_I.html

    http://sustentabilidadenaoepalavraeaccao.blogspot.com.br/2012/02/fukuoka-e-os-legumes-limpos.html

    muita força e felicidade
    para quem já começou a jornada

  31. Gostaria de sugerir que fizessem um post falando justamente de técnicas de cultivo orgânico, o que deu certo, o que não deu, indicação de material… Ajudaria bastante quem se interessa pelo assunto.
    beijo

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